domingo, 28 de fevereiro de 2010


Noite passada reparei muito do meu passado em um corpo.

- vi meu primeiro beijo, inocente em uma pessoa que amei simplesmente como a amiga que é até hoje.
- vi o primeiro relaxamento da pessoa que eu mais tinha medo e respeito no mundo
- ouvi a rizada do meu primeiro fora, acho que foi agradabilissima, foi uma momento que chorei muito mas hoje vi que foi a melhor coisa que poderia me acontecer naquele momento.
- ouvi o resmungo da pessoa que eu mais passei raiva, mas hoje é um pentelho grudado na cabeça do meu pau, que eu olho tento tirar, dou uma rizadinha e falo "que filho da puta"
- pensei de mais a respeito da arte, se tornava unica por ausencia, ou era algo a se alcançar ainda.
- pensei que o corpo fosse um instrumento artistico acima de tudo, e não adiantava eu tentar me enganar quanto a isto.
- apreciei a beleza por trás de toda uma lamentação.
por isso, me senti tão sozinho agora pouco.

Eu aprendi a apreciar certas coisas que eu não tinha o habto
Vi que ao me magoar fiz belas artes, que me trouxeram uma felicidade absurda
Tem sido um jogo de cintura até hoje.
Um verdadeiro vicio pessoal, olhar pra tudo com um olhar moldavel, porque tudo é moldavel; sorrizos, coisas, sentimentos, pessoas, o clima, o final do texto, bastando apenas você saber em que angulo observar.
A paixão, o fascinio, e o encanto tornam tudo mais colorido.
O sorrizo torna tudo mais agradavel.
E a arte torna tudo possivel.

Não trata-se da questão de ter ou não controle sobre algo, isso é dispensavel, uma vez que possa moldar.

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