sábado, 27 de setembro de 2008

Cena 1: Despertar.




Cena 1: Despertar

Acende a luz. Do relógio que ganhei ao apogeu de uma infância que acabou faz alguns anos. Quando o relógio é de plástico, as pessoas não se preocupam em trocar as pilhas. O meu veio junto ao cereal, não pode se esperar muito dele. Acende a lamparina. Quando se trata de morar sozinho o sol pode ser a lamparina mais confiável. Fui até a janela abrir a cortina. Havia um pedaço de pizza no azulejo que tem contato com a parede. Ratos não perdem tempo. As vezes me questiono, o que eles fazem quando não cai pizza no chão. E, como se não fosse motivo de tanta mordomia da parte deles, quando trago uma visita, e esta pede um sabor que eu não gosto, e sobra, eles se recusam a comer aquele pedaço moribundo de Marguerita.

Acho que da para dizer que adoro minha janela. Ela é bem meiga do jeito que só ela sabe reflectir a policromia emitida pelo sol. Adoro colocar a cabeça pra fora da janela, com a esperança de uma pomba defecar na minha cabeça, mas ninguém tem sorte com o azar, quando quer. Principalmente quando se trata de gravidade. O pessimismo da sorte de certa forma. Já pensei varias vezes em me matar, mas sinto preguiça. Então pensava em como seria agradável sofrer um acidente com as coisas ao redor, é um bom passa-tempo, quando se é criativo,claro. Claro de mais. Vou tomar um banho. É sempre uma surpresa descobrir com qual cor a água vai sair. É vai essa. Nirvana, nirvana, é isso ae.

Olhando assim, minhas olheiras não estão tão fundas, o cinza faz um contraste interessante com a cor do meu olho, aquele me faz lembrar um céu chuvoso, e uma pomba que se recusou a defecar em mim. É sem duvida, cansei de tentar contar as possíveis cores de pombas que vejo só na praça da Bispo. Pobres pombas, não sofrem com o calor? É isso não me interessa muito agora, estou com um gosto desagradável na boca. É a gente perde o prazer de comer Tande e passa a beber álcool. Será que alguém já usou álcool em gel como pasta de dente? Deve ter ocorrido em um processo transitivo não? Olha ali minha caixinha de pilulas! É, é, meu filho, como dizia Freud, nada que um Prozac não de um geito. Agora que sei que estão ali, posso tomar meu banho em paz.

Uma parede de azulejos. Um sabonete liquido. Uma agua trincando de gelada. E um solo do Steve Vai. É tudo que uma garota precisa pra começar o dia. Ou não. "Mãe, o azulejo 'tá quebrado..." , ela não 'tá em casa. Me faz lembrar, preciso ver o que é que 'tá no meu armário, se debatendo. Mas isso é pra depois do banho. Talvez. É a agua hoje é importada. Chega de uma cor. Sai de outra. "Chiquézimo" Vem clarinha, depois entra no ralo vermelha. Nos cobram impostos por causa de algo desse tipo.

Uma toalha pro abdómen. Uma toalha para o cabelo. Abre a gavetinha da pia. Hum. 'Tava vazia a caixinha de remédios. Traída por uma embalagem de plástico. Interessante. Agora só falta a pomba. Cade a pomba. Olho pra minha cama. Ela ta toda suja de sangue. É, cara, usar roupas de couro, tocar guitarra, e ter um piercing no mamilo, não te faz menos mulher, biologicamente.

Só de sentar nessa cama, me da vontade de ter dormido nela na ultima cesta. É cara. Tudo que me resta fazer agora. Acender um cigarro. Vestir algum traje. Ouvir um concerto de Mozart in C Minor. E me perguntar, "E agora José? A festa acabou?"

{Comentem :x}

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Obra nova? Ouvi isso mesmo?

Pois é. É isso mesmo.
Resolvi colocar numa situação pior que a minha um personagem de ideologias bem agressivas.

Comentario: Um autor é responsavel pela saude e segurança dos seus personagem e do seu mundo, como se fosse um tipo de Deus.
Comentario sobre a obra:
1) Capitulos, que serão divididos em Cenas. Estas Cenas serão publicadas aos pedaços... cada um com seu climax, ou algo assim.
2) Qual o porque de fazer uma obra nova, antes mesmo de terminar a anterior? Hm... devido a conflitos tecnicos meus personagens resolveram ficar de greve e estou ansioso pra escrever.
3) Greve? Sim, greve. Entenda, não gosto disso.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008




Esses ultimos dias a Arte me condenou com um stress descomungal, como se ja não bastasse a sensação da falta de competencia que me desgastava, tinha que ouvir comentarios cansativos, ando tirando musicas novas, e comigo é tudo muito lento mas rapido, entende? Toda via nada vai sair no primeiro dia, no segundo já está bonito.
Vou te falar, desenhei hoje uma bruxa, viagei nos detalhes, não digo na estrutura, mas quanto a sombra, volume, e brilho ficou muito bom, porém... hehehe... ficou androgeno, mero detalhe.

Ai ai... quando vi. perdi meu dia. vou te falar.

Agora... Tudo que me resta é uma vontade imensa de escrever um poema. E é isso que farei. espere.

Então... ah. ta pronto. foi pra desabafar. foda-se. fiz um chá. e com essa musica, acredito que a unica coisa que me falte é trocar o sabor do chá. x.x'

Eis o poema:

Voltasón.


Vaga, vagalume vagabundo

Vagaste aonde o desgaste te consome.

Vagou eternamente ao lado Sol

Em busca do lado sul.


Vejo em vossa varias asas

Varias etapas, varias freqüências alternadas

Vibra som!

Vibração contagiante!


Calibra essa freqüência

To cansado de escutar

Sua malevolência que veio para voltar.


Varias vozes me vibram!

Varias vozes me vibram a cabeça!

Das vulgares me da vontade de vomitar!



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Now playing: Anna Nalick - Drink Me (Demo)
via FoxyTunes

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Hipocrisia, máscara dos pensantes



Hipocrisia, máscara dos pensantes

Não sou capaz de escrever nada sobre mim, uma vez que Eu nunca escrevi qualquer texto anteriormente, seja todo texto algo artístico no meu ponto de vista, da bula ao Alexandrino, de Drummond ao Dadaísmo(algo que realmente admiro por incrível que este pareça).


Por Nietzsche, o Ego(Eu) é o estado normal, puro por si só, no meu caso foi o Ego quem pegou a lapiseira e a borracha mas não foi ele que escreveu, isto que lê é obra de “Outro Eu”, nomeado pelo filosofo com Alterego, um Eu inconsciente, quieto, calado, que aguarda a ser ativado por um estimulo, este chamado de Libido, para mim é a Arte, esta que estimula meu “Outro Eu”, artístico, que no começo de cada texto é convidado a participar deste momento.


Não sinto necessidade de uma prova para escrever, e não sinto vontade de escrever só para uma prova, não preciso de palavras para tal ato, seja preconceituoso ler as palavras já escritas,que com decorrer do tempo o linguajar não demonstrou mais ser um carrasco que denuncia o recurso financeiro(que permite a compra de livros diversos) do autor, já existindo a biblioteca publica, o paladar das palavras denunciam a cultura do escritor, seja rebuscado como Assis, ou marcante e direto como Bandeira.

Toda via existem os desleixados que como se não fosse tão enobrecedor vagar a sombra de tal fama, vivem a sombra do informalidade do Modernismo, que dentro deste próprio se consideram, é sem duvida digno de lamento estes!


Eu não me considero artista, sendo que como este não faço arte, crítico muito menos, de pequeno a agora, eu só respiro e observo quietinho, afinal de contas cresci acostumado com burocracia.


Autor: Octávio Anju


Meta do autor: Permanecer uma descrição de modo indireto dele mesmo,seja por uma dissertação temática, ou por metalinguistica


Comentario: No momento de provar a alguem o que sou, nada me remete mais prazer que fascinar com muita hipocrisia.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

1º Trago Virtual.




Apresentação...
Deixemos isso para depois.
Pensei em me apresentar antes de qualquer coisa. Mas é um tema muito pesado para se abordar logo de cara.

Meu interesse é postar semanalmente pelo menos um texto e uma imagem produzida por mim, com isso juntar pessoas interessadas por arte, sejam Cuiabanos, Brasileiros, ou Internacionais. Tal seja este caso, a partir de determinado momento passo a postar em Inglês e os comentários preferencialmente sejam assim postados também.

Dizem que por educação aquele que começa a falar deve se apresentar antes de mais nada.
Bem, com uma canequinha na mão, um cigarro na outra, não tenho muito o que falar. Na verdade até tenho, mas vamos brincar com as ideias em vez de expô-las, deduza tudo que puder de cada post como puder, pois não sou aberto para pessoas. Elas são seres que raciocinam, oras.
Quando vejo uma cadeira ocupada por alguém tomando café por apreciar a bebida em si, fora de horário alimentar, me da uma demasiada vontade de ouvir um solo de Baixo elétrico acompanhado de Sax, sem duvida nenhuma.

Bem, fiz um texto.
Mas meu cigarro já apagou.
Ainda essa semana eu o exponho. Digo me exponho, você me entendeu.

Sobre regras:
- Pode chingar? Pode, é um otimo jeito de se expressar.
- Pode denegrir a imagem dos outros? Pode, você sendo coesivo, e ciente que ele pode descontar, logico que pode.
- Quer sua arte aqui? Demoro, me passa que eu posto. Não vou roubar seus direitos nem nada, toda via faça como eu, texto, imagem, musica colocada na internet sempre bom dar uma altenticada no cartorio antes. Tem picaretas pra tudo nesse mundo, eu mesmo quando mais novo pegava poemas na net, ou de poetas romantistas(2ª fase, Lógico!) e dava para uma garota dizendo que era meu.
"Ignorancia é algo que não se come, deve-se ser mais que nunca devorado assim acaba rapido!"