segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Conto vampírico, Parte 1: Antes do Iluminar

Conto vampírico, Parte 1: Antes do Iluminar

Aconteceu na Polónia, a primeira ejaculação de meu avô, adoro retomar a aqueles tempos, me favoreceu em muito a querida falecida Eva ter apreciado aos fins de tarde enquanto lavava a louça, uma ou outra sonata polonesa(Chopin) recitada por um pianista paralítico da mesma quadra que ela morava, sem duvida aquelas pernas o salvaram do fim que meu avô teve.
Minha mãe desde feto ouvia as mais belas músicas polonesas tocas por um piano de calda negro de teclas de marfim, cresceu naquela quadra que no mínimo pode ser considerada "prática";tem uma padaria, igreja, uma rua má planejada que não passa carros, e algumas crianças, as que ali viviam, eram do tipo que contavam historias, sobre seus pais q voltaram da guerra ou algumas que nem os conheceram mas não cansam de falar historias que suas mães respectivas inventavam para fingir que os ali não presentes parecessem heróis, e tinha crianças mais velhas que criavam boatos sobre as partes mais escuras da rua, sobre prédios ali abandonados, e também sobre o pianista solitário que jamais saia de seu apartamento.
Os anos batiam a porta, e minha mãe cresceu perturbada imaginando como era o tal músico, que passara devagar sempre olhando para a fenda daquela janelinha cortinada do apartamento dele quando ia comprar pão na padaria, sua mãe sempre dissera para a garota não ter contacto com o tal homem, mas um dia a pequena desafiou-se a entrar naquele prédio. naquele quarto. no dito pelo silencio, o inferno. Não havia nada no quarto. Não havia vida, não havia ratos. Não havia motivos para a morte visitar um quarto daqueles. Não havia motivos para Napoleão visita-lo também. Havia um toca-fitas ali no meio do quarto. O Nada dava um destaque a existência do toca- fitas ali funcionando. As luzes do seu painel estavam acesas porém não fazia som. Isto, a seduzia. A inquietude de haver um possível mal-funcionamento na maquina que antes de mais nada, o seu funcionamento fugia ao conhecimento da garota. Mas isso a Seduziu até se deixar levar pelo instinto. E perder total conciencia que antes tinha do perigo que passava ali.

E isto foi o suficiente pra ela nem gritar.
Ninguém mais a viu depois daquela noite mas os conhecidos sabiam muito bem aonde ela poderia ter ido, a policia bateu a porta do apartamento velho, daquele velho boçal, ele estava lá acariciando algo que poderia ser chamado de gato, ela não estava lá mas suas pernas sim. Ele podia andar naquele momento, dai fora mandando para um campo de concentração, é o que dizem.

Mas a questão é, a Gata que havia sido encontrada. A pedido do velho, foi mandada para uma casa muito nobre, era de uma filha entre os filhos do músico, esta presenciou uma Gata dar a luz a uma criança, naquele momento eu nasci. ouvi minha mãe chorar. Após alguns minutos ela morreu.